Longa de Selton Mello pode levar o Brasil de volta ao mais famoso tapete vermelho.
A última vez que uma produção nacional concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro foi com Central do Brasil, em 1999. Em 24 fevereiro de 2013, 14 anos depois, o Brasil poderá ser representado na premiação por O Palhaço.
O filme foi anunciado como representante do País na seleção que
definirá os indicados ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro. A escolha
do longa foi divulgada pela Secretaria do Audiovisual, vinculada ao
Ministério da Cultura, nesta quinta-feira, 20, no Rio de Janeiro.
Com direção e atuação de Selton Mello, o filme conta a história do
palhaço Benjamin, que atua com seu pai, Valdemar (vivido por Paulo
José), em apresentações do Circo Esperança pelo interior de Minas
Gerais. Eles atuam no picadeiro como Pangaré e Puro Sangue. Benjamin se
questiona se quer mesmo continuar a atuar como palhaço ou largar a
instável vida do circo e trilhar novos caminhos para a sua vida. Selton
Mello interpreta um personagem que, embora faça o público rir
constantemente, é triste e carrega certa melancolia em sua alma.
O personagem de Selton Mello, que sequer tem uma carteira de
identidade, tem a incumbência de cuidar da parte burocrática do circo
(ou seja: lidar com diversas dívidas). O filme, ao mesmo tempo, é capaz
de arrancar risos e lágrimas do público. Essa versatilidade rendeu ao
longa um público de 1, 2 milhão de espectadores e a quantia de R$
11.901.420,05 em 33 semanas de exibição (no período de 28/10/2011 a
06/09/2012), de acordo com dados da Ancine.
Além de Central do Brasil, os únicos longas nacionais até hoje que concorreram à estatueta foram O Que É Isso, Companheiro?, em 1998; O Quatrilho, em 1996; e O Pagador de Promessas,
em 1963. Os filmes não levaram o prêmio em nenhuma das ocasiões. A
lista dos indicados desta e de todas as outras categorias do Oscar será
divulgada em 10 de janeiro.
Será que agora vai?
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