Atenção, mulher! Se você é dessas que posta fotos sensuais nas suas redes sociais, fazendo caras e bocas e mostrando talvez um pouco mais do que deve achando que está abafando, você precisa conhecer o que diz esse estudo.
Não pense que essa que vos fala é uma machista e que joga contra o próprio time. Muito pelo contrário. Sou partidária da ideia de que cada uma de nós é dona do próprio corpo e faz com o ele o que bem entender, desde que esteja absolutamente satisfeita e bem resolvida com isso. Afinal, nosso propósito no mundo é ser feliz e nada mais.
Contudo, existem outros pareceres a respeito desse assunto. Segundo um novo estudo conduzido na Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, publicar fotos sexys em suas redes sociais faz com que você seja vista como menos competente para executar qualquer tipo de tarefa.
O efeito da publicação de fotos sexy nas suas redes sociais
De acordo com a pesquisadora Elizabeth Daniels, professora assistente de psicologia que estuda o efeito dos meios de comunicação na imagem corporal de garotas, “há muita pressão sobre meninas adolescentes e mulheres jovens para retratarem-se como sexy, mas compartilhar essas fotos sexy online podem ter consequências mais negativas do que positivas”.
Ainda de acordo com a professora, aquelas que postam fotos sensuais podem acabar recebendo reações negativas de seus pares, mas aquelas que postam fotos menos “exibidas”, digamos assim, tambpem podem perder em recompensas sociais, incluindo a atenção de meninos e homens.
A pesquisa
A pesquisa da professora Daniels foi recentemente publicada na revista estrangeira “Psychology of Popular Media Culture”. O artigo, intitulado “O preço do sexy: percepções de fotos de perfil no Facebook sexualizadas contra não sexualizadas”, foi coescrito por Eileen L. Zurbriggen, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz (Estados Unidos).
Para conduzir o estudo, Daniels criou dois perfis fictícios no Facebook para a mesma personagem de 20 anos de idade, que ela chamou de Amanda Johnson. Em ambas as versões, Amanda gostava de artistas como Lady Gaga, livros como “Crepúsculo”, e filmes como “O Diário de Uma Paixão”, que seriam escolhas apropriadas para uma pessoa de sua idade.
A única diferença entre as duas versões era a foto do perfil.
As fotos utilizadas foram de uma mulher de verdade que permitiu sua divulgação. Em um perfil, ela aparece “normal”, e na outra mais sexy. Na foto sexy, “Amanda” está usando um vestido vermelho decotado, com uma fenda que vai até o meio da coxa e uma cinta-liga visível. Já na foto não sexy, ela está vestindo uma calça jeans, uma camisa de manga curta e um lenço envolto em torno de seu pescoço, cobrindo o peito.
O julgamento
58 meninas adolescentes, com idades entre 13 e 18 anos, e 60 mulheres adultas jovens que não frequentavam mais o ensino médio, com idades entre 17 e 25 anos, participaram do estudo. Elas foram aleatoriamente encaminhadas para um dos perfis e responderam perguntas com base neles.
Sendo assim, as participantes foram convidadas a avaliar a atratividade física de Amanda (“eu acho que ela é bonita”), atratividade social (“eu acho que ela poderia ser um amiga minha”), e competência para executar tarefas (“eu tenho confiança em sua capacidade de fazer um trabalho”) em uma escala 1 a 7, com 1 sendo discordo totalmente e 7 sendo concordo totalmente.
Em todas as três alternativas, o perfil não sexy obteve as maiores pontuações, o que indica que aqueles que viram a foto “normal” de “Amanda” pensaram que ela era mais bonita, mais propensa a ser uma boa amiga e mais propensa a concluir uma tarefa com sucesso. A maior diferença entre a pontuação dos dois perfis foi, contudo, na área de competência, o que sugere que as pessoas interpretam que a versão mais sexy é menos capaz, disse Daniels.
Função do estudo
Como você pode muito bem perceber, as avaliações desse estudo se baseiam em estereótipos que a nossa sociedade cultiva, que nem sempre fazem jus à realidade. Claro que uma mulher que é mais sexy, linda e maravilhosa pode ser a melhor no que ela faz. Mas, de acordo com a pesquisadora, o objetivo aqui não é adubar ainda mais esses estereótipos preconceituosos, mas sim ressaltar para jovens e crianças a importância de compreender as consequências de nossas atitudes online a longo prazo.
A sugestão de Daniels é que pais, educadores e outros adultos influentes e responsáveis tenham conversas regulares com os adolescentes e jovens adultos sobre as implicações do comportamento online. “Nós realmente precisamos ajudar os jovens a compreender que este é um meio muito público”, disse ela. A pesquisa também destaca a necessidade de mais discussão sobre os papéis e as atitudes de gênero, particularmente em relação a meninas e mulheres jovens.
O conselho da professora Daniels para meninas e jovens mulheres é selecionar fotos de mídias sociais que mostram sua identidade e personalidade, ao invés de focar em sua aparência física, como uma foto de uma viagem ou uma que destaca a participação em um esporte ou hobby. A ideia é não se concentrar tanto assim na aparência, e sim em quem você realmente é e o que faz no mundo.
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